O começo é algo surpreendente por que é uma pergunta simples.
A resposta pode ser dada logo ou demorar muito e ainda podem existir várias respostas para a mesma pergunta todas incompletas em busca de uma conclusão.
Onde estou? O que estou fazendo? Por que estou aqui? Por que estou fazendo isso?
É preciso um porto para conhecer o mar?
É preciso de um chão para poder voar?
O que se faz quando se chega no topo da montanha?
As perguntas são fundamentais as respostas nem tanto.
Lidar com isso é o que me mobiliza. Tornar claro o que estava confuso e tornar confuso o que estava explicado.
Quando leio um roteiro antes de começar uma preparação de elenco preciso fazer perguntas ao roteiro.
O que esse roteiro que me dizer? Qual história quer me contar? Por que?
A análise é importante para aguçar a curiosidade, para ver caminhos, para motivar, para encontrar respostas pessoais mas não pode ser um fim em si.
Alguns roteiros tem uma estrutura em que não se sabe onde é o começo da história ou o começa da ordem cronológica da história. Alguns roteiros apresentam várias possibilidades de começo. O roteiro é escrito para capturar a imaginação de quem vai assistir e nem sempre para explicar a história. Essa explicação quem faz o espectador. Esse modo de contar uma história é muito utilizado em séries e o que tornam eles muito atraentes.
Como abordar a não linearidade da história? Determinando um começo e estabelecendo uma trajetória que pode descontínua em que as alterações da personagem são temporais e se referem a fatos apresentados ou não. Isso abre um grande leque de possibilidades e de como compor a personagem. Conhecer bem o que se quer dizer com aquela personagem é fundamental para trabalhar com mais propriedade e entrega.
O que me remete as perguntas do começo desse texto.
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