Janeiro está acabando mas eu já estou numa segunda produção.
É raro mas vou surfar essa onda.
Quem gostou do relato dos 400×1 pode continuar lendo estou escrevendo mais um pouco por que foi uma experiência que me marcou e sobre a qual ainda quero falar.
Enfim uma comédia para contrapor tanta emoção e tanto drama.
Não deu vinte minutos depois que eu havia entregue o elenco do 400×1 e indo ao aeroporto que meu celular toca e me pedem uma reunião pro dia seguinte com o diretor.
Posso revelar mais detalhes mas vou adiar.
A comédia trata de um homem de classe média, estagnado na vida, trabalhando além do que pode para dar uma vida apenas abaixo da média para sua família. Um homem que parou numa vida de médico funcionário público opção pelo seguro e aposentadoria garantida. É a vida de muita gente por aí, médicos ou não, que se encontram comprimidos pela suas escolhas e por não saberem o que fazerem consigo mesmas. Passam a vida dizendo sim para os outros por conveniência, sem convicção e não para si, numa atitude covarde e auto destrutiva. Sem horizonte, sem ambição, sem sal parecem comida de quilo depois das 14h. Insípida. E o pior são pessoas míopes socialmente que só enxergam de perto e mal.
Já desenhei um quadro interessante. O diretor é o Tadeu Jungle que está estreando na direção de um longa. O filme começa ser rodado em março. O elenco está quase todo fechado mas prefiro não comentar porque essa é uma área que convive com instabilidade.
O post de agradecimento gerou muitos comentários e repercutiu em mim mesmo.
Estou empenhado em ter uma vida melhor, podendo viver plenamente aquilo que tenho. Só que não dá para viver isolado e sem reconhecer que o meio me favorece na medida em trabalho com ela e não por ela.
Ter sucesso é uma delícia manter é ainda mais delicioso. Ter consciência de que não foi alcançado à qualquer preço é mais um motivo de gozo. Nem foi acaso. Tem sido um sonho bem sonhado que alimenta meu animo para realizá-lo. Não deixem de sonhar mas também não deixem de estar acordados.