É sobre o quê?

A primeira pergunta que vem a mente quando leio um roteiro.

Alguém já me falou sobre o que é mas eu fico querendo descobrir por conta própria do que trata a história.

Alguma coisa precisa me atrair para fazer com que meu intelecto não destrua o prazer de ler com análises sobre a estrutura.

Meu prazer é descobrir qual é o ingrediente que me faz querer seguir na história.

Acredito que um bom roteiro é algo que te leva a ver imagens em movimento, a emocionar pelos sentidos, a ouvir sons de vozes, de ambientes, de músicas…

As palavras são detonadores de pequenas explosões na cabeça de cada leitor que produzem ali reações químicas que por sua vez geram movimentos invisíveis… Nem tudo está escrito mas o que está lá consegue te influenciar, te levar por um encadeamento de descrições de lugares da alma, produzindo sensações.

O roteiro é fundamental para a obra audiovisual. É a planta da construção de um edifício que foi pensando para atingir um fim. É ele concebe a estrutura da dramaturgia.

O trabalho do Roteirista é conseguir descrever imagens e sons em movimento, retratando lugares habitadas por seres vivos que tem dentro de si um drama e que tem uma duração limitada. Ao mesmo tempo que a sua escrita tem que ser precisa para que se possa prever o que vai se precisar para realizar a obra sem esquecer a poesia.

Admiro muito o trabalho dos roteiristas e procuro dentro do possível colaborar para que o drama criado por el@s ganhe corpo e voz. Que a qualidade da atuação contribua para manter o interesse na história, para despertar sensações em que recebe as imagens produzidas pelos corpos dos ator@s estejam a altura do que está proposto no roteiro.

Recomendo aos ator@s que procurem roteiros na internet para ler e se familiarizar com o modo de escrever. E que depois vejam os filmes para compararem a obra audiovisual com a obra escrita.

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