Destino SP 2012 – Sem Tempo

Pois tenho tantos assuntos sobre as quais escrever mas simplesmente não tenho Tempo.
Estou preparando seis elencos diferentes para seis episódios de um seriado de televisão. São na sua maioria pessoas sem experiência com audiovisual. É um super desafio. Já que na maioria das vezes os ditos não atores não são protagonistas.
Esse episódios contam histórias de pessoas que vivem numa grande cidade e que tem em comum de não pertencerem a esse lugar. Daí que eles falam diferente, tem costumes diferentes, tem diferença mas as mesmas contradições de quem vive há muito tempo na cidade.
O seriado Destino SP tem em cada episódio um grupo de uma nacionalidade diferente. Falam de imigrantes, filhos de imigrantes e até netos de imigrantes. São grupos que de certa forma preservaram sua cultura do seu país de origem. E que vivem convivem com brasileiros de várias partes do país.
Os episódios são falados em Mandarim, em línguas Africanas, Inglês, Francês, Espanhol, Coreano e Português.
O grande tema é o Amor. Um tema universal e que fala de todos nós. Mas não pensem que são filmes de amor romântico. São filmes sobre as relações humanas. As personagens são contraditórias, vulneráveis e complexas. Contamos com o testemunho dos atores mas a dramaturgia é muito fundamental. Ela propõe a todos nós questões para refletir. Ela permite que tenhamos diversos pontos de vista.
Mesmo sendo os episódios de trinta minutos eles são densos.
A preparação foi em Janeiro e Fevereiro. A cada semana vinha um elenco e trabalhava quatro dias num misto de oficina com trabalho de roteiro. Agora estamos ensaiando cada elenco e aprofundando os elementos da dramaturgia.
É um trabalho muito criativo. Ainda tenho muitas semanas de trabalho.
Uma viagem em São Paulo. Ver e ouvir pessoas com línguas tão diferentes e que em muitos casos não falo mas podendo ler pelo corpo tudo que passa por dentro deles. É um exercício de abstração, de interpretação, de desapego do controle que a audição dá. É muita confiança.
A um tempo atrás alguém me perguntou o que é que eu fazia com a insegurança. E eu respondi que tirei essa palavra do meu vocabulário para não ter que lidar com a segurança. No lugar coloquei convicção. Fé naquilo que estou fazendo e atenção para o que não sei. Respeitando os limites.
Que venham os desafios!!!

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